Publicado em O que deu na Imprensa

BD: O Brasil está parado, mas os bancos continuam lucrando: Entrevista com Maria Lucia Fatorelli

Informe semanal Desenvolvimentistas – 11 a 18 de outubro de 2015
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O Brasil está parado, mas os bancos continuam lucrando: Entrevista com Maria Lucia Fatorelli

Por Gabriel Brito e Paulo Silva Júnior

Veja bem: toda a atividade econômica do país está em queda, exceto a bancária. Eles lucraram mais de 80 bilhões em 2014. E no primeiro semestre os lucros superam em mais de 15% os do ano passado. Toda a atividade do país está em queda, o PIB vai encolhendo e os bancos se mantêm lucrando? É evidente a transferência de recursos públicos para o setor privado. Isso acontece, principalmente, através dos mecanismos de política monetária do Banco Central, sob desculpas de controle da inflação etc. Assim, geram dívida pública sem nenhuma contrapartida, sem que o país receba absolutamente nenhum centavo.

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A estupidez da classe capitalista

Por Flavio Lyra

A classe capitalista continua acreditando que é necessário aprofundar as medidas de austeridade, jogando o custo do reajuste sobre a classe trabalhadora e que, para tanto, vale a pena destituir a Presidente, pois ela ainda é um obstáculo a esse propósito.

Quanto tempo ainda vai demorar a classe capitalista para perceber que sem a retomada dos investimentos públicos e a expansão dos gastos da classe trabalhadora não vai haver recuperação do crescimento e que a política de austeridade e de juros extorsivos caminha em direção contrária a esse objetivo?

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A encruzilhada de Cunha

Por Rennan Martins

O tempo corre e se esvaem as possibilidades de Cunha se safar da Lava-Jato. Seu poder de decidir sobre o impeachment é justamente o que impede os demotucanos e o próprio governo de se juntar ao coro por sua queda. Tão logo definida esta questão rapidamente se procederá seu fim. A questão é, portanto, se cai Dilma e Cunha ou se cai Cunha somente, não havendo cenário que ele se mantenha.

Temos então que Cunha decidirá pelo seu fim, se servindo de kamikaze e serviçal de Aécio Neves, Carlos Sampaio e companhia, ou se fazendo ao menos uma coisa razoável em sua carreira, que seria não usar dos poderes de seu cargo para fins particulares que atentam contra as instituições.

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Notícias da Economia globalizada: Estado e sistema bancário em tempos neoliberais

Por Ceci Juruá

Declarando-se isenta de responsabilidade, a sociedade bancária beneficiou de um crédito fiscal no valor de 2,2 bilhões de euros que lhe foram repassados pelo Estado francês em 2009 e 2010. Hoje há dúvidas sobre a legitimidade de tal dedução fiscal que cobriu, de fato, cerca de 40% dos prejuízos declarados, com base no argumento de que se tratou de uma fraude cuja responsabilidade foi imputada exclusivamente a um funcionário do banco – Jerome Kerviel.

Na ocasião em que ocorreram estes fatos, a titular do Ministério de Economia e Finanças da França era Christine Lagarde, que hoje é um membro destacado na diretoria do Fundo Monetário Internacional.

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O Brasil e a República de Salém

Por Mauro Santayana

Quem for analisar a última batelada de condenações, verá que, enquanto os delatores “premiados”, descobertos com contas de dezenas de milhões de dólares no exterior, com as quais se locupletavam nababescamente, gastando à tripa forra, são liberados até mesmo de prisão domiciliar e vão ficar soltos, nos próximos anos, sem dormir nem um dia na cadeia, funcionários de partido que “receberam”, em função de ocupar o cargo de tesoureiro, doações absolutamente legais do ponto de vista jurídico, terão de passar bem mais que uma década presos em regime fechado, mesmo que nunca tenham apresentado nenhum sinal de enriquecimento ilícito.

Com isso, bandidos contumazes, já beneficiados, no passado, pelo mesmo juiz, com acordos de delação premiada, que quebraram, ao voltar a delinquir, seus acordos feitos anteriormente com a Justiça, ou que extorquiram empresas e roubaram a Petrobras, vão para o regime aberto ou semi-aberto durante dois ou três anos, para salvar as aparências, enquanto milhares de trabalhadores estão indo para o olho da rua.

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Surgem os áudios da cela do Youssef: são mais de 100 horas

Por Marcelo Auler

Segundo Dalmey , a escuta da cela de Youssef foi colocado atendendo a determinação de três delegados – o superintendente Rosalvo, o chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCor), delegado Igor Romário de Paula, e o principal delegado da Lava Jato, Marcio Anselmo Adriano. Já o aparelho do fumódromo foi instalado por determinação da delegada Daniele Gossenheimer Rodrigues, que era a sua chefe no Núcleo de Inteligência Policial. A ordem de Daniele foi respaldada, à época, pelo delegado José Washington Luiz Santos, Diretor Executivo, que substituía Rosalvo nas férias deste. Igor e Daniele são casados.

Outro delegado que não ficará bem é Maurício Moscardi Grillo (chefe do Grupo de Investigações Sensíveis – GISE) que foi quem presidiu a sindicância 04/2014 instaurada para apurar se a escuta encontrada na cela estava funcionando. Seu trabalho, segundo críticas do próprio Dalmey, do delegado Fanton e de outros policiais foi todo dirigido para concluir que o aparelho estava desativado e não tinha condições de funcionar.

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As implicações geopolíticas da Lava Jato

Por Luis Nassif

Não se minimize os interesses de Estado, especialmente a influência norte-americana, nessa nova ordem global contra a corrupção.

A ofensiva contra a Eletronorte e o Almirante Othon – pai da indústria nuclear brasileira – começou a partir de informações repassadas ao PGR pelo Departamento de Justiça norte-americano. Nada que minimize a gravidade das acusações, mas uma demonstração inequívoca de que os Estados Unidos passaram a incluir a cooperação internacional em suas estratégias geopolíticas.

O mesmo ocorre com as tentativas de procuradores e delegados em criminalizar ações de promoção comercial na África, concessão de financiamentos à exportação de serviços. Ou do Procurador da República no TCU decretar, por conta própria, a inviabilidade do pré-sal. Aí, não se trata mais de repressão ao crime, mas de atuação nitidamente inspirada por contendores externos de disputas geopolíticas.

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A primeira vitória da Petrobrás na Câmara

Por José Augusto Ribeiro

O requerimento de urgência foi posto em votação no dia 6 de outubro, num momento de confusão absoluta, na expectativa de que seria aprovado sem que se percebesse o que de fato era decidido. Mas os deputados foram alertados e mais de 300 deles votaram contra, derrotando o pedido de urgência. O projeto terá de passar pelo exame das comissões e só depois disso voltará ao plenário, para ser definitivamente rejeitado ou, infelizmente, aprovado.

É de supor que esses mais de 300 que rejeitaram a urgência rejeitem igualmente o projeto, mas nunca se sabe como será o dia de amanhã. De qualquer maneira, a rejeição da urgência pode e deve ser o início de uma espécie de mobilização permanente em defesa da Petrobrás, que enfrenta desde sua criação, há mais de sessenta anos tentativas incessantes de acabar com ela, ou direta ou obliquamente.

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STF será fiel da balança e não permitirá paraguaiadas

Por Tereza Cruvinel

Os ministros Teori e Rosa sugerem, com suas liminares, que o STF será o fiel da balança, arbitrando todas as questões em que houve dúvida jurídica. “Em processo de tamanha magnitude institucional, que põe a juízo o mais elevado cargo do Estado e do governo da nação, é pressuposto elementar a observância do devido processo legal, formado e desenvolvido à base de um procedimento cuja validade esteja fora de qualquer dúvida de ordem jurídica”, afirmou Teori.

Ou seja, preparem-se os dois lados para a guerra política e também jurídica.

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Setor de petróleo e gás demite 30,5 mil no primeiro semestre

Por Bruno Rosa

A crise na Petrobras e a queda no preço do petróleo no mercado internacional já resultaram no fechamento de 30,5 mil vagas no setor de petróleo e gás no primeiro semestre deste ano no país. O número, que representa um recuo de 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado, foi compilado pelo professor Rodrigo Leandro de Moura, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE. Mas o número de demissões deve crescer, prevê Moura.

Das 34,5 mil vagas fechadas entre janeiro e junho, 22,6 mil são do setor de extração de petróleo. O restante (7,8 mil) é do segmento de fabricação de produtos derivados de petróleo, como refino.

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